
A Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) (SET) realizou nesta segunda-feira (13), em São Paulo, o Pós-IBC 2025 (International Broadcasting Convention), uma das maiores feiras globais do setor de broadcast e tecnologia para mídia e entretenimento. Ocorrida em Amsterdã, a edição de 2025 reforçou o papel estratégico da inteligência artificial, da TV 3.0 e da publicidade programática.
O encontro promovido pela SET é uma síntese do que os participantes observaram de mais relevante no IBC 2025 e o objetivo foi dividir essa experiência com os participantes.
O presidente da SET, Paulo Henrique Castro, destacou o protagonismo brasileiro no cenário internacional da radiodifusão. «Todos nós estávamos esperando respostas para os desafios mundiais do setor, mas o que eu vi foi que o mundo é que está olhando para nossa experiência na implantação da TV 3.0», disse.
O painel de abertura, «Insights e perspectivas do IBC: Inovação, Estratégias e Caminhos para o Futuro», foi moderado por Carlos Octavio de Alexandre Queiroz, vice-presidente da SET. Participaram da mesa José Marcelo Amaral, diretor de Engenharia e Operações da RecordTV, Patrícia Rego, diretora de Afiliadas da Globo, Rodrigo Martinez, vice-presidente, Rede CNT, e Fernando Ferreira, CEO da 3F Consultoria e Comunicações. O debate trouxe uma visão abrangente sobre os impactos das tecnologias emergentes no setor, os desafios operacionais e as oportunidades de inovação.
O segundo painel foi «Nova Era da TV 3.0: Convergência de Tecnologias, Estratégias Comerciais e Inovação no Ecossistema Conectado», foi moderado por Carolina Duca, diretora de Infraestrutura e Telecom da Globo, e contou com as participações de Daniel Martins, gerente Comercial da Dolby Laboratories e Gustavo Dutra, líder de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da AWS para a vertical de Media, Entertainment, Games & Sports. Os palestrantes abordaram os desafios de integração de tecnologias no novo ecossistema de mídia conectado, o papel da personalização da experiência do usuário e os caminhos para monetização inteligente a partir do uso de dados e novas plataformas.

O painel de encerramento, «Broadcast, Infraestrutura e Tecnologias para o Futuro da TV 3.0», foi moderado por Carol Alberto Correia Garcia, gerente de Engenharia da Rádio e Televisão Bandeirantes. Participaram do debate Diego Ramos, diretor de Plataformas Digitais da Globo, Tomaso D’Angelo Wantuil Papi, gerente de Engenharia e Tecnologia da Record Brasília e Eduardo Endo, CTO da Vibra Digital, do Grupo Band.
Entre os destaques, os painelistas discutiram o papel da inteligência artificial na cadeia de produção e distribuição audiovisual, apontando aplicações já em uso, como enriquecimento automático de metadados, recortes verticais de conteúdo e inserção contextualizada de publicidade. «A IA já consegue detectar o conteúdo da cena e sugerir recortes ou breaks comerciais de forma autônoma», explicou Eduardo Endo, que destacou o amadurecimento das soluções apresentadas na IBC 2025.
Outro tema central do painel foi a latência no streaming. Diego Ramos afirmou que o sistema opera atualmente com latência de 6 a 12 segundos, mas já realiza testes com ultrabaixa latência (entre 2 e 5 segundos). O grande desafio, segundo ele, é escalar essa tecnologia para milhões de usuários simultâneos.💡
.
© 💡Tecnología Profesional





